quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

TEMPO CERTO

                                 
               

Quando fiquei jovem, gostava de nos finais de semana sair por ai com meus amigos.
Como a situaçao ainda era dificil saiamos de onibus, pois naquela epoca quem tinha um carro ou uma tv era considerado na vila como rico.
Nessas saidas, perdemos a hora de voltar para casa e quando olhamos para o relogio da matriz de Rudge Ramos os ponteiros estavam se encontrando e batendo meia noite.
Por sorte vimos que o ultimo onibus se aproximava, estendemos o braço   dando o sinal.
Jovens sao folgados, distraidos, irresponsaveis  e em turmas sao piores. As vezes encontramos  alguns  certinhos,mas a razao e' porque sao timidos.
Começamos a fazer cera para entrar, e o motorista ja' cansado, desejando chegar ao final do trajeto para poder descansar , sem paciencia para suportar aquela turma descansada,fechou a porta justamente na hora em que o ultimo  ia entrar ( eu).
Fiquei para o lado  de fora com  o braço preso na porta.  O motorista  arrancou com o veiculo e a unica saida que me ocorreu no momento foi correr pelo lado de fora para nao ser arrastado,,,,,,, e como corri, embora o trajeto nao passou de uma volta em torno da igreja  . A minha sorte  foi justamente esta volta indo em direçao a uma descida , como nao existiam farois  , placas de velocidade, radar  ,eu estaria perdido. E a minha turma nem deu por fe' que eu estivesse do lado de fora do onibus.  (grandes amigos ).
Acalmem -se  ,,,,,,,, o motorista  pelo retrovisor me viu e brecou o onibus, pois se dependesse do bando que  estava comigo eu chegaria ao meu destino em pedaços.
Para mim foi muito cansativo e assustador essa peripesia  ,mas algumas pessoas  que passavam me observava  rindo sem entender o porque daquela desembalada corrida , foi muito comico (para eles ).
Mas consequi chegar em casa ,sao e salvo  entrei quietinho para que minha mae nao me visse chegando aquela hora, ainda a tempo de assistir ao segundo tempo do jogo do meu time.
Sentei  rapido no sofa' , e minhas irmas que dormiam na sala estavam naquele momento arrumando a cama delas. O jogo estava no final , o juiz  apitou para o jogador do meu time fazer a cobrança, que emoçao , me preparei para gritar e nesse  momento  minha irma levantou o lençol encobrindo a televisao,  NAO VI O GOL   e nesse tempo nao havia o recurso do replay.
Depois de tanto sofrimento ainda fui dormir com essa e nao pude nem reclamar pra minha mae .

                                                                                                              ELIRIA
   
















                                                                                                   

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