sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O BALAO


Nesse tempo eu gostava de correr pelas ruas de terra na vila em que sempre vivi , (o lugar lindo).  Nesse tempo tambem adorava correr , acompanhando o voar dos baloes, que ate' entao nao eram proibidos, e nem perigosos como nos tempos atuais.     O lugar em que eu morava tinha poucas casas , muito mato e muita criança na rua.    Me  lembro como se fosse hoje, que corri naquele dia de sol, junto com a molecada alvoroçada, pelas ruas,  atras de um balao que estava caindo.   Esse balao era grande e muito colorido em forma de piao, e nosso maior trunfo seria levar um pedacinho do balao para casa.   Que inocencia!!!!!!!!!Que bobagem!!!!!!!!!!!! Tao sem graça hoje em dia.  Seria no caso a falta de recursos para comprar um brinquedo ou por ser a unica opçao que tinhamos.   Ninguem na rua tinha tv, bicicleta ou uma bola decente, entao s'o sobrou esta opçao.  Houve um natal, que minha mae comprou para ela um boneco grande de borracha para colocar em cima da cama, e para mim uma bola pequena de borracha vermelha que ardia a pele do pe quando chutava.    Foi um ``brinquedo´´ que nunca esqueci.   Voltando as lembranças antigas , naquele  dia de sol, talvez fosse domingo, vi com admiraçao quando um rapaz pegou o balao, por ser o mais alto da turma, segurou a tocha e a apagou.   Com autoridade por  ser o mais velho disse: TA NA MAO   gente, nao precisa rasgar que vamos solta-lo a' noite.    EU nesse instante, com meu espirito de pobre  (porco)  munido de uma pedra de tamanho razoavel, acertei o balao; rasgando-o.   Ainda tentei justificar meu ato impensado com desculpas perfeitas.   Mas de nada adiantou, e tive que correr para casa escapando de uma boa surra.  E eles estavam com razao, porque nem sempre diversao quer dizer destruiçao.

 ELIRIA


    

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